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Em 2021, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) apresentou uma variação média anual de 9,4%, mais 0,6 pontos percentuais (p.p.) que a registada em 2020. A subida dos preços foi mais intensa nas habitações existentes (9,6%) do que nas habitações novas (8,7%), revela o INE – Instituto Nacional de Estatística.

Segundo o IPHab, no 4º trimestre de 2021, a taxa de variação homóloga fixou-se em 11,6%, 0,1 p.p. acima do observado no trimestre anterior. Neste período, os preços das habitações existentes aumentaram a um ritmo superior ao das habitações novas, 11,9% e 10,6%, respectivamente.

Transaccionaram-se 165 682 habitações, num valor de 28,1 mil milhões de euros

No ano de 2021 transaccionaram-se 165 682 habitações, mais 20,5% que em 2020. Neste período, o valor das transacções totalizou 28,1 mil milhões de euros, traduzindo-se num crescimento de 31,1% comparativamente ao ano anterior.

O início do ano caracterizou-se por uma redução homóloga do número de transacções, reflexo das restrições verificadas no contexto da pandemia COVID-19 nos meses de Janeiro e Fevereiro. Março deu início a uma dinâmica continuada de crescimento do número de transações, a qual atingiu a sua amplitude máxima entre abril e junho, período no qual se registaram aumentos superiores a 50%. Na segunda metade do ano, manteve-se o aumento do número de transacções, embora a um ritmo inferior, de cerca de 22% e 17%, respectivamente, no 3º e 4º trimestres.

As habitações existentes evidenciaram um aumento de 22,1% e 34,2%, respectivamente, no número e no valor das transacções. Relativamente às habitações novas, observou-se um aumento de 12,9% no número de transacções e de 21,7% no valor.

Do valor total, 21,6 mil milhões corresponderam a transacções de habitações existentes e 6,5 mil milhões a habitações novas. Nos últimos cinco anos, o valor das habitações transacionadas aumentou 65,5%, uma percentagem que representa mais do dobro da observada no número de transações (27,6%).

Em 2021, as transações de habitações cujo comprador pertencia ao setor institucional das Famílias, representaram 85,6% e 85,7%, respetivamente, em número e valor total das transações registadas. Os registos de 141 744 transações e 24,1 mil milhões de euros, representam, em relação a 2020, aumentos de 19,4% no número de transações e de 32,0%, em valor.

94,6% apresentaram comprador com o domicílio fiscal em Território Nacional

No total de vendas de alojamentos contabilizadas em 2021, 94,6% apresentaram comprador com o domicílio fiscal em Território Nacional (156 759 transações), seguindo-se a União Europeia com 2,8% (4 557) e os Restantes Países com 2,6% (4 366). Das três categorias mencionadas, a União Europeia foi a única a registar uma redução no número de transacções relativamente ao ano anterior, -1,6%, visto que as transações envolvendo compradores com domicílio fiscal no Território Nacional e nos Restantes Países, cresceram 20,3% e 66,5%, pela mesma ordem.

Nos últimos três meses de 2021 realizaram-se 45 885 transacções, o que representa um crescimento homólogo de 17,2%

Nos últimos três meses de 2021 realizaram-se 45 885 transacções, o que representa um crescimento homólogo de 17,2% e um aumento, face ao trimestre anterior, de 5,6%. No 4º trimestre de 2021, as transações totalizaram 8,2 mil milhões de euros, mais 34,9% face a idêntico período de 2020.

Em 2021, as transacções de habitações cujo comprador pertencia ao sector institucional das famílias, representaram 85,6% e 85,7%, respectivamente, em número e valor total das transações registadas.

No período compreendido entre 2019 e 2021, o valor das vendas de habitações cujo comprador apresentava o Território Nacional como domicílio fiscal atingiu 64,8 mil milhões de euros (89,8% do total). A União Europeia e os restantes países, enquanto domicílios fiscais dos compradores, registaram montantes semelhantes, 3,8 mil milhões de euros e 3,5 mil milhões de euros, pela mesma ordem.

Análise regional

Em 2021, o Norte, com um total de 47 699 transações e a Área Metropolitana de Lisboa, com 51 014 unidades, concentraram 59,6% do número total de transacções, o peso relativo conjunto mais baixo desde 2009. Estas duas regiões foram as únicas a evidenciar reduções homólogas das respectivas quotas relativas regionais, de 0,4 p.p. e 0,8 p.p., pela mesma ordem. Na região Centro registaram-se 33 885 transações, o que correspondeu a 20,5%, mais 0,2 p.p. relativamente ao ano anterior. No Alentejo e Algarve as transacções ascenderam a 12 227 e 14 563 unidades, respectivamente. Em ambos os casos, representaram aumentos dos respetivos pesos relativos, de 0,3 p.p. para um total de 7,4%, no Alentejo, e de 0,6 p.p. no Algarve, fixando-se em 8,8%. Na Região Autónoma dos Açores contabilizaram-se 2 723 transacções, ou seja, 1,6% do total, a mesma percentagem observada em 2020. A Região Autónoma da Madeira representou 2,2% do número total das transacções, mais 0,2 p.p. relativamente ao ano transacto.

No último ano, o valor das habitações transacionadas na Área Metropolitana de Lisboa totalizou 12,0 mil milhões de euros, 42,6% do valor total. Pelo terceiro ano consecutivo registou-se uma redução homóloga do peso relativo desta região (-0,4 p.p.). O decréscimo das quotas relativas regionais foi igualmente observado nas regiões Norte (-0,7 p.p.) e Centro (-0,3 p.p.), representando, no primeiro caso, 24,0% do valor total transacionado, e 13,0%, no segundo. Das demais regiões, no Algarve observou-se o maior incremento do respetivo peso relativo, 1,2 p.p., perfazendo 12,8%. O Alentejo manteve a quota relativa do valor das transações em 4,3%. A Região Autónoma da Madeira, com um aumento de 0,3 p.p. no seu peso relativo, representou 2,2% do valor total das transações e a Região Autónoma dos Açores manteve a quota relativa de 1,2%, do ano anterior.

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