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Open House Lisboa revela as arquitecturas provocadas pelas transições da cidade

Olaias ©Ana Guedes

Olhando para a transição como o processo que enquadra a mudança, qual o impacto que provoca na arquitectura, expresso em renovações que abarcam diversas funções e valorizam a versatilidade e o hibridismo espacial? Esta é a questão que o Open House Lisboa levanta na sua 13.ª edição, com um programa de visitas e passeios no fim-de-semana de 11 e 12 de Maio, e que ajuda a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências. Ser onde nunca foi, passar a ser, voltar a ser, deixar de ser.

Desvendamos aqui nove espaços que integram o programa de visitas:
O monumental campus do LNEC — Laboratório Nacional de Engenharia Civil que ocupa uma área de 22 hectares, classificado Monumento de Interesse Público.

Capela de Santo Amaro. Desenhada pelo autor do claustro do Convento de Cristo em Tomar, é uma obra renascentista classificada Monumento Nacional.
Santa Clara 1728. Um palacete do século XVIII reconvertido em hotel pelo arquitecto Manuel Aires Mateus.
Palácio Sinel de Cordes. Foi casa, embaixada e escola, passando agora a sediar um pólo cultural dedicado à arquitectura, uma livraria e uma cafetaria vegana com um projecto de reabilitação do atelier FSSMGN Arquitectos.
Centro Ismaili. Situado nas Laranjeiras, é um templo religioso de arquitectura imponente e jardins sumptuosos, da autoria de Frederico Valsassina Arquitectos e Raj Rewal Associates.

Teatro Thalia transformado num espaço multiuso, é reconhecível pelo seu corpo massivo de betão pigmentado de terracota da autoria de Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitectos.
Antigo Hotel Vitória. Actual sede do Partido Comunista Português, é um edifício da autoria do arquitecto Cassiano Branco que conjuga a solidez sóbria do Modernismo com o Art Deco.
Galeria Avenida da Índia — Galerias Municipais, um amplo espaço de carácter industrial recuperado em 2015 pela EGEAC para acolher uma programação de artes visuais (novidade).
O ambicioso Plano de Drenagem de Lisboa com uma visita à escavação do primeiro túnel que liga Monsanto-Santa Apolónia, preparando a cidade para os desafios futuros e das alterações climáticas (novidade).Este olhar, que alia a perspectiva da arquitectura aos fenómenos sociológicos, propõe visitar uma diversidade de projectos e tipologias, focando a sua capacidade de adaptação. Habitações criadas de raíz para outro fim; edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis; novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais; edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades; ou ainda conventos, mosteiros e palácios que, ao longo da sua existência, tiveram inúmeras utilizações, mostrando a sua plasticidade funcional e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo. O Open House Lisboa propõe a descoberta da constante impermanência da arquitectura.
A chamada ao voluntariado, que está aberta até 20 de Abril, integra um programa de intercâmbio europeu que dá oportunidade a quem participa nesta 13.ª edição de viajar até Bilbao (5 e 6/10), Barcelona (26-27/10), Tessalónica (por anunciar) e conhecer outras formas de fazer cidade.
A rede de cidades do Open House Worldwide continua a crescer, passando em 2024 a incluir mais cinco cidades: Miami, Berna, Murcia, Hong Kong e Zaragoza.

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