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Century21 Portugal


Os resultados acumulados da Century 21 Portugal no terceiro trimestre de 2022 demonstram que a procura se manteve bastante forte nestes primeiros nove meses do ano, apesar do desafiante contexto macroeconómico marcado por níveis recorde de inflação, pelo aumento de taxas de juro e pela crise energética global.

No final do terceiro trimestre, a faturação acumulada da rede imobiliária já superava os                  70 milhões de euros, o que traduz um aumento de 38% face aos 51 milhões de euros registados em igual período do ano passado. Nos primeiros nove meses de 2022, o volume de negócios mediados – que inclui transações partilhadas com outros operadores de mercado – subiu 51%, em comparação com o acumulado dos três trimestres do ano anterior e superou os 2,8 mil milhões de euros.

Desde o início do ano, a rede Century 21 Portugal já realizou 15 057 transações de venda, mais 32% que as 11 413 realizadas no mesmo período do ano anterior, e 3 653 operações de arrendamento, o que revela um crescimento de 29% face às 2 836 registadas nos três trimestres de 2021.

Entre Janeiro e Setembro de 2022, o preço médio dos imóveis transacionados na rede da marca fixou-se nos 188 327 euros, a nível nacional, o que traduz um aumento de 14,9% em relação à média do valor de venda de 163 841 euros verificada em igual período do ano passado.

Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, comenta: “O acesso à habitação em Portugal é um grande desafio para os jovens e para muitas famílias. Esta é a nossa principal preocupação e o maior foco da nossa estratégia operacional. O que está a influenciar os preços dos imóveis é uma crónica escassez da oferta em venda no mercado. Este é o principal fator que está na origem da subida dos preços que se tem vindo a registar até agora, em praticamente todo o território nacional, em consequência do desequilíbrio entre a procura e a oferta. Contudo, já estamos a registar um aumento do tempo médio de venda dos imóveis no mercado, o que levará a um aumento progressivo do stock de imóveis em comercialização, nos próximos meses”.

Análise T3 2022 versus T3 2021

Entre 1 de Julho e 30 de Setembro de 2022, a faturação aumentou 23% para os 24,5 milhões de euros e o volume de negócios mediados na rede Century 21 Portugal atingiu os 1 032 719 208 euros, o que revela um aumento de 38% face aos 749 344 637 euros registados em igual período do ano passado.

Em termos do número de operações, foram efetuadas 5 253 transações de venda de imóveis, mais 19% que as 4 405 registadas no terceiro trimestre de 2021. Só entre Julho e Setembro deste ano, o preço médio de venda de habitações atingiu os 196 596 euros, a nível nacional, o que representa um aumento de 15,6% face aos 170 112 euros do valor médio dos imóveis vendidos, no mesmo trimestre de 2021.

Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, acrescenta: ” Embora nos meses de junho e julho se tivesse verificado um ligeiro abrandamento, no mês de agosto registou-se um aumento de 24% no número de transações, comparando com agosto de 2021. As tipologias mais pretendidas continuam a ser os apartamentos T2 e T3. A nível de regiões, salienta-se o Algarve e a região centro, que estão com uma forte dinâmica. Contudo, a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais procurada e com melhor desempenho”.

Relativamente ao impacto que o atual contexto económico pode ter no mercado imobiliário residencial, Ricardo Sousa considera que: “se a atual conjuntura macroeconómica se mantiver, é expetável que, no último trimestre e em 2023, se venha a assistir a uma diminuição do número de transações, em comparação com igual período de 2021, bem como a uma fase de estabilização dos preços dos imóveis.”.

Inflação e Taxas de juro

As famílias que têm crédito à habitação estão a registar uma diminuição do seu rendimento disponível, pelo forte aumento da inflação e pela subida das taxas de juro, dado que as famílias portuguesas contratam, maioritariamente, crédito à habitação com taxas variáveis.

Neste cenário, a Century 21 Portugal acredita na sensibilidade do Estado relativamente ao desafio destes portugueses e apela ao Governo e à banca para que, de forma coordenada e à semelhança do verificado na pandemia, sejam criados mecanismos de proteção para as famílias em situação mais vulnerável, neste período de inflação elevada.

As famílias e jovens que estão a iniciar agora o processo de compra da sua primeira casa encontram um cenário de taxas Euribor com valores entre 2% e 3%, algo que é perfeitamente normal: são taxas de juro baixas. Contudo, com base nos critérios atuais de financiamento – que incluem a redução das maturidades médias dos créditos à habitação para os 30 e 35 anos de empréstimo, com taxas de esforço entre 35% e 40% e com LTV máximos de 85% a 90% – as famílias e jovens serão forçados a reequacionar o tipo de casa que procuram e orientar as suas preferências para soluções de habitação dentro dos valores que podem assumir.

Este fator irá condicionar a procura e, consequentemente, o número de transações imobiliárias, porque diminui o número de pessoas que cumprem os requisitos para atribuição de financiamento bancário e que encontram imóveis ajustados às suas necessidades, no nível de preços que podem assumir.

Procura internacional

É ainda importante salientar o fator da atratividade de Portugal, a nível internacional, e o aumento de transações com clientes internacionais após as limitações impostas pela pandemia. Atualmente, Portugal atingiu um posicionamento e credibilidade invejáveis a nível internacional, enquanto destino para viver e investir, e está a captar clientes de novos países, sem grande tradição de comprar casa em Portugal, como é o caso dos Estados Unidos, que são hoje o cliente internacional número um da rede Century 21 Portugal.

joaobandarra@mixandblend.net'

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