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MAXIMIZAR O POTENCIAL DAS NOVAS TECNOLOGIAS E SABER COMO LIDAR COM UMA NOVA GERAÇÃO DE CLIENTES SERÃO 2 DOS DESAFIOS PARA OS PROFISSIONAIS IMOBILIÁRIOS EM 2026.

  1. Avanços da tecnologia e a
  2. Transformação demográfica.

 

Em Portugal, entre 1995 e 2015, assistimos à chegada e à implantação, bem-sucedida, das redes imobiliárias internacionais, dos contratos de angariação em exclusivo, de novos modelos de contratação de agentes imobiliários, crises económicas e financeiras globais. Os computadores pessoais vieram para ficar, junto com o acesso generalizado à internet, as redes sociais, e a lista continua. Todas estas mudanças foram constantes e marcaram a evolução do mercado imobiliário e da mediação imobiliária, em particular. A mudança passou a fazer parte do dia-a-dia de todos os empresários.

Fazer previsões sobre o futuro é uma atividade arriscada, mas com muitos fãs. Todos nós temos muitas ideias e há mesmo quem tenha imensas certezas sobre o que iremos enfrentar no futuro. Dos que acham que nada vai mudar significativamente, aos que acham que vamos assistir a mudanças drásticas na mediação imobiliária, são vários os cenários possíveis para os amantes da futurologia. Mas a verdade, e citando Peter Drucker, é que ” A única coisa que sabemos sobre o futuro é que ele será diferente. A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo “.

O grande desafio que temos pela frente passa por estamos completamente atentos a tudo o que se passa à nossa volta, antecipar as dinâmicas do mercado, esforçar-nos diariamente para compreender e antecipar as necessidades dos nossos clientes, manter um elevado foco no cliente e nos nossos serviços de valor acrescentado, para nos tornarmos verdadeiramente relevantes para a comunidade.

Acredito que Portugal e o mundo estão a entrar numa nova era que será moldada por vários factores. Contudo, destacaria dois pontos-chave que serão determinantes até 2025: os avanços da tecnologia e a transformação demográfica.

Em termos de desenvolvimento tecnológico, o grande desafio passa por identificar as tecnologias que podem ter aplicação no sector imobiliário- processo de pesquisa, compra e venda de imóveis – bem como analisar os novos operadores que podem surgir e avaliar o impacto que vão ter na forma como iremos interagir com todos os que querem comprar, vender ou arrendar um imóvel.

E temos já algumas pistas. O acesso à Internet será, sem dúvida, um direito básico até 2025. Em todo o mundo, as pessoas usam mais os seus smartphones, do que os portáteis ou desktops. Com os smartphones a ganhar poder de computação, e com preços cada vez mais acessíveis, podemos afirmar que a maioria das pessoas vai, crescentemente, utilizar o telemóvel para a mais ampla tipologia de atividades do seu dia-a-dia. A interação com os imóveis e o processo de procura e compra de uma habitação não será uma excepção.

A conectividade, impulsionada pelo acesso à internet, literalmente nas nossas mãos, irá ganhar outra dimensão com a nossa incontornável identidade digital e a internet das coisas, que hoje já fazem parte do nosso dia-a-dia, e irão continuar a alterar a forma como vivemos nas nossas casas, os nossos escritórios e o modo de compra, venda ou arrendamento de imóveis. Os profissionais do sector imobiliário que conseguirem perceber e maximizar todo o potencial das novas tecnologias estarão mais perto de ter sucesso no futuro, não muito distante, porque a evolução tecnológica é muito rápida, em termos de penetração no mercado e da sua utilização.

Quanto à evolução demográfica, o mundo enfrenta um crescimento acentuado do envelhecimento da população e o aparecimento de uma nova geração, que está a dominar o mercado de trabalho. De acordo com estimativas da ONU, 56 por cento da população mundial terá mais de 60 anos em 2030 e irá totalizar 1,4 mil milhões de indivíduos, em comparação com os 901 milhões da actualidade. Neste processo, os países desenvolvidos serão os mais afectados.

A população urbana mundial chegará aos 6,3 mil milhões até 2050, de acordo com as Nações Unidas. Nessa altura, dois terços do mundo viverá em cidades, em comparação com os 54 por cento de hoje, e não haverá mais megacidades. Para o mercado imobiliário, isso significa valores por metro quadrado mais elevados e menores áreas médias de imóveis, para quem quer habitar no centro da cidade – uma tendência já registada em cidades asiáticas – como Hong Kong e Tóquio- onde os apartamentos médios japoneses são agora 14 por cento menores do que há 10 anos, com uma média de apenas 60 metros quadrados, de acordo com o The Economist.

Outras megacidades estão a seguir gradualmente esta tendência. Em Nova Iorque já há projectos que estão a vender microunidades, a partir de 40 metros quadrados. Esta tendência está, e irá continuar, a criar uma enorme pressão sobre a oferta de habitação nas grandes cidades, o que tornará o buy-to-let residencial num bom investimento a longo prazo. A mobilidade profissional é outro factor que está a padronizar-se e vai continuar em tendência crescente, o que também traz novos desafios para os profissionais do sector imobiliário.

As alterações demográficas também estão, e irão, ter um papel determinante no dia-a-dia das mediadoras imobiliárias, com novas gerações a entrarem no mercado trabalho. Atualmente já se começaram a sentir os efeitos da chegada dos millennials e podemos já antecipar a chegada da geração Y.

São gerações de jovens que já nasceram e cresceram num mundo digital – mergulhado em smartphones, internet, redes sociais e híper conectividade – e que tiveram uma educação muito diferente das gerações anteriores. São indivíduos muito exigentes, ambiciosos, que sabem exactamente o que pretendem e não gostam de perder tempo com o que não lhes suscita interesse, motivação ou inspiração. Atrair, selecionar, gerir as expectativas, fidelizar e motivar as equipas destas gerações será o grande desafio dos empresários do sector imobiliário, nos próximos anos.

Para acompanhar e dominar o conhecimento constante destas novas dinâmicas habitacionais é fundamental o papel dos consultores imobiliários, que ajudam as famílias e os jovens a tomarem as decisões mais adequadas, no complexo processo de adquirir ou arrendar um imóvel.

Em suma, ao contrário de outras indústrias, que viram as transformações demográficas e as novas tecnologias colocarem em causa a sua existência, acredito que a área da mediação imobiliária terá grandes e entusiasmantes desafios para enfrentar no futuro. O consultor imobiliário do futuro tem que ser cada vez mais orientado para o serviço ao cliente e, nesse sentido, terá de evoluir para criar valor e tornar-se verdadeiramente indispensável. A compra de uma casa não é uma compra frequente, não é uma decisão rápida e é um dos investimentos mais elevados na vida de uma família. A habitação é um direito fundamental do ser humano e a consequência de uma necessidade pessoal. Estes factos são inquestionáveis e tornam cada vez mais importante o papel de um especialista para assessorar as famílias durante as suas transações imobiliárias.

Ricardo Sousa @Linkedin

Publicado na revista Real Estate

Fundador da Rede Imobiliária CENTURY 21 em Portugal e Espanha Trabalhar com Empreendedores Imobiliários para aumentar a sua quota de mercado e rentabilidade! Entrepreneur and creative mind. Traveler and wine love

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