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Independentemente da opção, pela compra ou pelo arrendamento, a mudança de casa é um dos momentos mais críticos na vida das pessoas. Para a maioria de nós, trata-se de um dos investimentos mais importantes, quer do ponto de financeiro, quer afetivo, uma vez que significa deixar para trás o espaço onde vivemos muitos momentos especiais.

Na maioria das vezes, a necessidade de mudar de casa está associada a uma decisão importante, que pressupõe uma mudança radical na nossa vida. Viver com outra pessoa, um divórcio, um trabalho novo, uma inesperada situação de desemprego, a saída dos filhos de casa quando se tornam independentes ou o aumento da família com o nascimento de mais filhos são sempre momentos que provocam picos de stress e ansiedade, pelo que é crucial encontrar soluções para as pessoas que estão a um passo de mudar profundamente o seu dia-a-dia.

Por essa razão, na aquisição e venda de uma habitação, mais importante do que a transação em si, que implica todo um processo com diversas fases burocráticas e normativas, o fator humano é o elemento chave para que as pessoas possam superar, de uma forma eficiente e tranquila, este momento tão importante nas suas vidas.

O setor imobiliário é um negócio de pessoas para pessoas e este é o pilar que hoje, mais do que nunca, marca a diferença e permite responder eficazmente às exigências de um mercado em permanente mudança.

Depois das complexas dinâmicas que afetaram o setor nos últimos anos, a adoção de uma nova visão do mercado imobiliário é não apenas necessária como também encorajadora. Embora, desde 2015, seja notória a recuperação do setor, com o registo constante de indicadores positivos, o excesso de optimismo está a conduzir novamente a algumas tomadas de decisões que, daqui a uns anos, podem revelar-se erradas.

Após a recuperação da crise económica durante a última década, é verdade que se restabeleceu a confiança no setor imobiliário, quer por parte do consumidor, quer dos diferentes agentes envolvidos em todo o processo, desde promotores a bancos, mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ter em atenção que, hoje, os clientes alteraram as suas prioridades, são mais exigentes e procuram um serviço cada vez mais personalizado e ajustado às suas novas necessidades e preocupações.

A Century 21 Portugal sempre pretendeu conhecer e retratar a situação atual do mercado imobiliário no país, através do estudo pormenorizado do perfil de quem compra, de quem vende e de quem arrenda, para possibilitar a análise do desfasamento que pode existir entre a oferta e a procura de habitação.

O I Observatório da Habitação em Portugal remete uma realidade cheia de contrastes, necessidades e expetativas, que permite entender melhor as tendências de um setor chave para a economia, podendo, assim, servir de linha orientadora a todos os agentes envolvidos no mercado da habitação em Portugal, que com este documento podem direcionar o seu foco de atuação para soluções alinhadas com a procura atual.

Em Portugal, a cultura de aquisição de casa própria continua profundamente enraizada e tudo indica que assim se manterá, uma vez que para as pessoas representa uma forma de poupança e de adquirir património. Mas os dados do I Observatório da Habitação em Portugal revelam, sem margem para dúvidas, que existe um problema de oferta ajustada às necessidades, desejos e capacidade económica dos portugueses.

A oferta existente não é compatível com o rendimento ou as necessidades de muitos portugueses que procuram uma casa. Além disso, não se pode ignorar o crescimento de um novo perfil dos jovens portugueses, que têm como objetivo de vida a aquisição de casa própria, mas adiam essa decisão, vendo no arrendamento a opção ideal para uma primeira fase da sua vida independente – esta é uma solução que lhes oferece uma maior flexibilidade e liberdade, pois permite-lhes mais facilmente mudar de casa em caso de necessidade. Não obstante, a oferta limitada e fora do orçamento disponível para habitação é um fator que leva muitos jovens a antecipar a decisão de compra de casa própria.

A mudança é inevitável, mas a forma de a concretizar é algo que podemos escolher. O mercado imobiliário está a mudar e os profissionais do setor têm que ter a capacidade de se adaptar rapidamente e de adotar estratégias de atuação inovadoras, pois só assim poderão acompanhar as novas tendências no mercado da habitação.

O setor imobiliário deve concentrar todos os esforços na melhoria dos serviços que presta aos consumidores, garantindo-lhes as soluções ajustadas para as suas necessidades. Deve ter a capacidade de se adaptar a uma nova visão de negócio, com uma dinâmica mais estruturada e com maiores garantias na oferta de serviços de qualidade. O objetivo de todos nós, neste setor, deve ser o de prestar um serviço com uma abrangência de 360º, que garanta a rentabilidade e minimize os riscos de investimento, e que, acima de tudo, seja capaz de acrescentar valor às comunidades locais.

joaobandarra@mixandblend.net'

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